13 de maio de 2013



PARTICIPAÇÃO NO PROCESSO DE AUTOAVALIAÇÃO DO AGRUPAMENTO
O Agrupamento de Escolas de Parede tem estado a desenvolver um processo de autoavaliação, no âmbito do qual deu já início a um processo de diagnóstico que envolve toda a comunidade escolar e tem por objetivo identificar os pontos fortes e aqueles a melhorar (veja documento em anexo). Este processo implica, necessariamente, a colaboração de toda a comunidade escolar na identificação desses pontos.
Neste âmbito, a Equipa de Autoavaliação preparou um questionário que será distribuído a uma amostra da população de pais/EE do Agrupamento. Assim, pedimos-lhe que esteja atento e que pergunte ao seu educando se lhe foi entregue um questionário destinado aos pais.

Caso tenha sido um dos seleccionados, por favor preencha o questionário com sinceridade e devolva-o ao diretor de turma, diretamente ou através do seu educando.
As respostas ao questionário são anónimas e confidenciais e os resultados finais da aplicação deste diagnóstico serão, posteriormente, divulgados e partilhados com toda a Comunidade Escolar.
A Escola e a Associação de Pais agradecem a sua participação neste processo.

11 de março de 2013

Google Science Fair 2013

Informação da Google:

A Google lançou em colaboração com o CERN – Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, Scientific American, National Geographic e o Grupo Lego, uma competição de ciência online para alunos com idades entre os 13 e os 18 anos com o objectivo de incentivar os jovens a interessarem-se pela ciência de uma forma interactiva.

Durante as duas últimas edições, milhares de estudantes de mais de 90 países participaram no concurso com projectos de pesquisa. Com efeito, para participar é apenas necessário apresentar uma ideia e aplicar a investigação científica para assegurar a sua validade e exequibilidade.

 
O período de inscrição está aberto até 30 de Abril, estando toda a informação disponível em: http://www.googlesciencefair.com


À semelhança das edições anteriores, os vencedores nas diversas categorias (13-14 anos, 15-16 anos e 17-18 anos) serão seleccionados por um júri composto por reconhecidos cientistas pioneiros em tecnologia e inovação. Os prémios incluem uma bolsa de 50.000 dólares (≈ 37.456€), uma viagem às Ilhas Galápagos e experiências no CERN, no Google ou no Grupo Lego. Por outro lado, a Scientific American também irá atribuir um prémio no valor de 50.000 dólares para o melhor projecto de componente social, ambiental ou de saúde. Além disso, conscientes de que por detrás de um grande aluno está sempre um grande professor e uma estrutura que os apoia, este ano será concedido um prémio adicional de 10.000 dólares.

8 de março de 2013

Relembrando Fernando Lopes Graça


 

Muito já se tem escrito sobre a importância da música popular na obra de Fernando Lopes Graça. Não cabendo nesta rúbrica apresentar um estudo aprofundado das influências da música de tradição oral na obra do compositor que outros investigadores já realizaram, trazemos à memória um texto no qual este exprime a sua visão sobre as dinâmicas da cultura, os intercâmbios entre formas e convenções musicais, uma visão temperada de valores humanistas. Originalmente publicado no nº 46 da revista Vértice em maio de 1947, «Sobre o conceito de popular na música» resultou de uma palestra proferida por Fernando Lopes Graça na Escola do Grupo de Amadores de Música Eborense por ocasião da celebração do aniversário da antiga Agremiação popular, fundada em 1887. Para além da simpatia e do reconhecimento fraterno perante um auditório de amadores a que chama «amigos», «Sobre o conceito de popular na música» afirma-se sobretudo como um belo depoimento acerca das concepções cívicas e políticas do artista e do grande divulgador da música que Lopes Graça foi, permitindo-nos evocar um período crítico da história política portuguesa do século XX. O compositor iria a Évora não para definir ou explicar a música e a cultura populares mas para denunciar a instrumentalização da cultura pelo regime autoritário do Estado Novo.

 

A conjuntura em que o convite para a viagem a Évora surgira não tinha sido a mais propícia para Lopes Graça. Poucos meses antes, no verão de 1946, tinha publicado, pela Seara Nova, uma recolha de temas musicais intitulada «Marchas, Danças e Canções», partindo de uma seleção de poemas de autores ligados ao movimento literário neo-realista como Armindo Rodrigues, Arquimedes da Silva Santos, Carlos de Oliveira, Edmundo Bettencourt, João José Cochofel, Joaquim Namorado, José Ferreira Monte, José Gomes Ferreira e Mário Dionísio. A recolha fora pouco depois confiscada pela polícia política apesar do protesto endereçado pela Gerência da Seara Nova aos serviços de censura, caído em saco roto. Alguns temas como «Mãe Pobre» ou «Jornada» haviam sido citados e particularmente criticados pelo seu antipatriotismo. Pedia-se assim ao subdirector da Polícia Internacional de Defesa do Estado que «se dign[ass]e promover a sua apreensão», ordem logo reforçada, em janeiro de 1947, com a proibição expressa de circularem os 978 exemplares da publicação que continha as composições: tratava-se de poemas sediciosos, contrários à ordem estabelecida, acompanhados por uma música «celestial», nos termos do censor, impróprios para a segurança do Estado.

 

Embora Portugal não tivesse participado na 2ª Guerra Mundial, o fim do conflito global - com a vitória dos Aliados -, fora festejado pela opinião pública com uma esperança renovada de mudança política e de recuperação das liberdades civis. Logo em 1945, reorganizara-se num amplo movimento – Movimento de Unidade Democrática (MUD) – uma frente de forças e personalidades diversas alinhadas contra o fascismo, com importantes desenvolvimentos nos planos culturais, literários, artísticos e musicais.  

Se o recrudescimento do sentimento antifascista e contra a ditadura tinha resultado, no plano da cultura, num afastamento assumido de muitos intelectuais e criadores portugueses relativamente à estética oficial do regime edificada pelo Secretariado da Propaganda Nacional (rebaptizado em 1944 de Secretariado Nacional da Informação), também pelo seu lado, e uma vez instaurada a Guerra Fria, o regime de Salazar procurou reafirmar-se reapertando o controlo sobre a circulação de obras e ideias consideradas rebeldes, contrárias ao «bem da Nação».

Essa contra-reação ficaria bem expressa na apreensão de obras literárias ou visuais, nas detenções e interrogatórios dirigidos aos seus autores, alegadamente porque essas obras evidenciavam (nos seus temas como nas suas formas) tendências bolchevizadoras, incitação à revolta, as mesmas tendências que a censura iria detectar nas composições incluídas nas «Marchas, Danças e Canções»…

 

A conferência «Sobre o conceito de popular na música» foi lida assim numa circunstância menos feliz da vida do compositor, circunstância que melhor aclara a coragem obstinada que sempre entendeu assumir contra um regime que abominava. Nas entrelinhas desta conferência pública de Évora, fica também esclarecido o antagonismo que irremediavelmente oporia Lopes Graça e o seu entendimento da cultura como campo dinâmico, a António Ferro, diretor do Secretariado de Propaganda Nacional, arauto e promotor da cultura como repositório de formas ao serviço da propaganda do regime. Como lembraria mais tarde o musicólogo João de Freitas Branco[i]: entre os dois homens erguia-se «uma profunda e mútua antipatia pessoal», a par de um flagrante contraste ideológico publicamente reafirmado em Évora pelo compositor. Esse contraste teria consequências repetidamente demonstradas na má vontade das instituições culturais do regime perante a figura e a obra de Lopes Graça, como sabemos: «Eu não sei - ou por outra, sei muito bem -», diz-nos o compositor com a sua agudeza irónica, «o que se pretende ao falar-se em organizar, em dirigir a cultura. Tanto a cultura popular como a arte popular, logo que são organizadas, logo que são dirigidas, deixam de ser verdadeiramente populares e passam a ser coisas artificiais que perderam toda a sua razão de ser (...), deixam de ser um fim em si mesmas para se tornarem um meio ao serviço de interesses de outra ordem».

De facto, ao conceito de dirigismo cultural que nesse trecho mais uma vez criticava, Lopes Graça opunha uma conceção de cultura como suporte material e mental dinâmico da emancipação humana, numa linha adversa à do diretor da Propaganda e dos seus apoiantes para quem a cultura popular se devia apresentar com a imagem idílica, estática e repressivamente conservada, de povo dócil, apolítico, sem vontade própria, uma vez mais para o «bem da Nação». Tingida de certo idealismo romântico, a posição de Lopes Graça tendia inversamente a exaltar no popular características vitais de criatividade e autonomia em contraposição frontal ao “discurso” estético Estado-Novista.

Lopes Graça tinha consciência clara do ardil da propaganda que tendia a projetar a imagem de um povo menor, «incapaz de compreender (...) as grandes obras do pensamento e da arte», fatalmente colado ao «fado, ao folclore, à revista ligeira, ao romance de cordel»… É pois essa cristalização redutora e imóvel do popular – na música como noutras manifestações culturais -, e os termos “adulterados" em que esta se efetua, que Lopes Graça contrapõe e repetidamente denuncia nesta conferência. O choque entre o popular em Lopes Graça e o popular concebido pelo ideólogo do SPN/SNI, António Ferro, não sem contradições de parte a parte, só podia ser total, um choque de titãs à escala portuguesa...

 

Lopes Graça insurgiu-se sempre aberta e publicamente contra a linha da cultura oficial defendida por António Ferro e apoiada pelo ditador, Oliveira Salazar. Em Évora, mais uma vez o fará, imputando ainda ao regime autoritário todo um comércio de entretenimento que havia de se socorrer do património musical oral português para produzir um cançonetismo ligeiro de curta duração, formatado para a emissão radiofónica e para o consumo acrítico das massas. As suas palavras de despedida perante o público eborense não podiam ser outras senão as do encorajamento e da perseverança, «por mais adversas que sejam as circunstâncias presentes». E estas foram-no, uma vez mais, para o nosso atrevido compositor, como vimos. Lopes Graça seria novamente intimado a esclarecer-se e a retratar-se, de acordo com o veredicto do próprio Presidente do Conselho apenso ao auto de confisco das «Marchas…»: seriam «chamados à responsabilidade os seus autores (…) e bem assim o autor da música que é simultaneamente o do prefácio do livro em questão»[ii].


[1] Ver: «A música em Portugal nos anos 40» in, «Os Anos 40 na arte portuguesa – A cultura nos anos 40 - Colóquios», Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1982. Pp. 55-75.
[1] Ver: «Apreensão da publicação "Marchas, danças e canções"»; pasta com a cota PT/TT/SNI-DSC/19/13, em  http://digitarq.dgarq.gov.pt/
 

Ana Filipa Candeias (APESFLG)



[i] Ver: «A música em Portugal nos anos 40» in, «Os Anos 40 na arte portuguesa – A cultura nos anos 40 - Colóquios», Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1982. Pp. 55-75.
[ii] Ver: «Apreensão da publicação "Marchas, danças e canções"»; pasta com a cota PT/TT/SNI-DSC/19/13, em  http://digitarq.dgarq.gov.pt/

6 de março de 2013

"O meu filho fez o quê ???"



 
 
"Este é um livro que fala das relações dos pais com a escola e dos pais com os filhos por causa da escola. É um trabalho que parte de conversas com pais, encarregados de educação, professores, diretores de escola, psicólogos e investogadores ligados à educação. Como é que os pais devem colabprar com a escola ? Como é que a escola deve comunicar com os pais? O que é que os pais podem fazer em casa para apoiar os filhos ?"

Entrevista com a autora pode ser vista aqui.

4 de março de 2013

7 de fevereiro de 2013

A ESFLG no Concurso da Associação de Professores de Francês

 


A turma do 7º B está apresentou o projeto "La Chanson en Scène, Robin des Bois, Un Monde à Changer", no Concurso da Associação de Professores de Francês. A ESFLG foi selecionada a nível nacional e está a concorrer com outras nove Escolas do País.

De acordo com a Professora Sílvia de Almeida,a sua organizadora, "para um Projeto de Encenação de uma Canção Francesa da Associação de Professores de Francês , a Escola Secundária Fernando Lopes Graça e a Escola de Dança Ana Mangericão uniram-se e colaboraram na preparação dos alunos para a sua concretização. Depois de um trabalho árduo de treinos e ensaios, em que os alunos pesquisaram, leram, traduziram, falaram, repetiram, representaram, dançaram e cantaram (en Français!), o projeto culminou na realização de um vídeo de 10 minutos em que os alunos mostram a sua performance. Os alunos (grupo de seis alunos do 7ºB que o Projeto exigia: Francisco/Robin, Carolina/Marianne, Nicole/Adrien, Jéssica/Bédélia, Inês/Sheriff, Constança/Frère Tuck) foram uns verdadeiros artistas, trabalhando empenhadamente para que o Projeto resultasse num trabalho de muita dedicação e aprendizagem. Para eles, vão os meus primeiros e sinceros agradecimentos. Agradeço também aos Encarregados de Educação (autorização, disponibilidade e colaboração), às Professoras Ana Mangericão e Susana Rodrigues (dança, coreografia) da Escola de Dança Ana Mangericão, aos Professores José Neves (filmagens e realização do vídeo) e Paulo Borges (filmagens) da Escola Secundária Fernando Lopes Graça, à Funcionária Cristina da Biblioteca (amabilidade, disponibilidade, colaboração, cenário) e aos alunos do 9ºF (cenário)."

A Associação de Pais agradece a todos e em especial à professora Sílvia por ter tido a iniciativa de avançar com o projeto. Merci !