7 de janeiro de 2011

BOM ANO 2011


Deixámos para trás 2010.
Mergulhámos em 2011 de peito aberto para enfrentar os desafios que este Novo Ano nos trará a todos.
Pais, Alunos, Professores e Escola, na sua globalidade, devemos unir-nos cada vez mais, pois só essa união e debate de ideias nos trará o conhecimento da realidade existente dentro e fora dos muros do espaço escolar.
A nós, Pais, cabe-nos a tarefa de educar, [«..."É difícil educar", dizem alguns pais. E, como em tudo o que depende dos afectos, educar não é ensinar, mas aprender. Sendo assim, vê-se com os olhos ou com o pensamento? Com o pensamento. Lido à luz dos pais, a partir do olhar deles que, ao dar nos filhos, lhes abre olhares com vista para os seus olhos...», Sindicato da Bondade, Eduardo Sá, Salamandra, Outubro 2010], mesmo que esta nos pareça uma tarefa demasiadamente árdua e inglória. Cabe-nos a tarefa de estabelecer as regras e os limites, o saber estar e relacionar-se com os outros, o saber aceitar a diferença e respeitá-la. São muitas as tarefas inerentes à tarefa de educar, mas é necessário que não as temamos, que as enfrentemos desde o primeiro momento em que deixámos de ter nome para ser "O Pai/A Mãe de...". As crianças precisam de regras e se elas lhes forem impostas desde o berço, a adolescência não será o bicho papão que tantos Pais temem. Há que saber dizer não, explicando a razão do não. Há que saber dizer sim, explicando os limites do sim. Desta forma, educar será menos difícil e o crescimento tornar-se-à mais fácil.
À Escola cabe a tarefa de ensinar. Tarefa não menos complicada que a dos Pais, se pensarmos que a Escola Pública é um lugar cheio de pessoas provenientes de realidades muito diferentes. Os Professores, como pessoas, veêm-se a braços com a herculea tarefa de terem de se adaptar a muitas formas de estar, de ser, de falar. Não é fácil esta tarefa de ensinar, de estar horas e horas do dia em frente de turmas, grandes, constituídas por pessoas todas diferentes. Deveria ser compreensível, para nós, Pais, que os Professores acabem por, inconscientemente, criar empatias mais fortes com uns, mais frágeis, com outros. São pessoas e não máquinas de debitar matérias. [..."A vida não se aprende nos livros mas na relação com os outros, com as emoções, com os afectos. Os livros servem, quando muito, para nos darem alfabetos para a lermos melhor e, os professores, como os pais, são o que são, não pelo que ensinam, mas pelos afectos que colocamos neles."...Sindicato da Bondade, Eduardo Sá, Salamandra, Outubro 2010].
A todos nós, Pais/Professores/Alunos/Escola, cabe a tarefa de trabalhar para sermos melhores. Não apenas melhores em resultados estatísticos, mas, principalmente, melhores pessoas. Pessoas que se interessam por quem está ao seu lado como pessoa, pessoas que se envolvem na vida da comunidade (neste caso a escolar) e, dando um pouco das suas 24 horas, contribuem para um bem comum, pessoas que não têm como único objectivo ser As Melhores, mas sim ajudarem a que tudo seja melhor.
Este é o meu desafio para todos nós, Pais. Que sejamos capazes de estar mais presentes, que sejamos capazes de escutar mais (os nossos Filhos e os nossos pares), que consigamos sair da nossa rotina e arrisquemos a intervenção, a colaboração. A nossa sociedade precisa de mudança e por algum lado ela deve começar. Porque não, nos bancos da escola?

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